quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Superação e Transformação Tudo começou com uma experiência com arte Rodrigo Mendes





Conhecido por seu trabalho em educação inclusiva, o Instituto Rodrigo Mendes passou por importantes transformações que começam com a radical mudança na vida de seu criador.
Aos 18 anos de idade, um assalto deixou Rodrigo Hübner Mendes impossibilitado de controlar as principais funções de seus membros (tetraplegia). Antes um amante do futebol decidido a atuar como ortopedista, encontrou na arte o caminho para ressiginificar sua vida. Teve aulas de pintura e passou a explorar o potencial de suas obras. Posteriormente, com a renda de sua primeira vernissage, decidiu criar uma escola de arte para pessoas com algum tipo de deficiência.
“Oferecer novas oportunidades a pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa foi a motivação que me levou a idealizar, em 19 de dezembro de 1991, a criação de uma escola de artes plásticas. Foi a data de minha primeira exposição, quando coloquei à mostra 60 aquarelas. Além de ser minha primeira aparição em público como artista plástico, esse momento representava um marco em minha trajetória, dada a quantidade de significados e emoções nele inseridos” (MENDES: 2010, p. 29).
Com o ímpeto de estender sua experiência pessoal, em 1992 foram iniciadas as aulas de arte em um espaço na Cidade Jardime, dois anos mais tarde, a escola se estruturaria como organização sem fins lucrativos em um local mais amplo.
Quatro anos depois do início das atividades, em 1996, há outra mudança significativa na história da organização. Ao invés de receber apenas alunos com deficiência, passa a atender todo tipo de aluno. “Entendemos que era preciso trabalhar com as misturas, pois havia um foco de trabalho sobre uma minoria, uma restrição a um determinado grupo.” contou Rodrigo Mendes para o Cmais Educação. Aquele era o início da educação inclusiva.
Para manter e ampliar o projeto, Rodrigo dedicou-se a estudos em Administração na Fundação Getúlio Vargas (momento oportuno no qual sua mãe se aposentara do cargo de diretora em uma escola municipal e assume a coordenação geral da escola). No segundo ano de estudos, vence um concurso que lhe permite usar 20.000 reais para a implantação de atividades de profissionalização e expansão. Também nesta época (1997), é efetivada uma duradoura parceria com a Tilibra, que começa com a criação de cadernos universitários com capas produzidas na Associação e textos sobre inclusão e arte na contracapa. Os investimentos em produtos institucionais não pararam de crescer e continuam levando o nome organização.

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